Breathe In Breathe Out

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A Internacionalização do Mundo - Cristóvão Buarque

Fui questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia, durante um debate, nos Estados Unidos. O jovem introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Foi a primeira vez que um debatedor determinou a ótica humanista como o ponto de partida para uma resposta minha. De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia.

Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Respondi que, como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, podia imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia é para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Os ricos do mundo, no direito de queimar esse imenso patrimônio da humanidade.

Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.

Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.

Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar que esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, possa ser manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.

Durante o encontro em que recebi a pergunta, as Nações Unidas reuniam o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu disse que Nova York, como sede das Nações Unidas, deveria ser internacionalizada.

Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.

Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola.

Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver.

Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa.


Este artigo foi publicado também no Correio Braziliense em outubro de 2000. O debate a que se refere o senador aconteceu em setembro do mesmo ano em um hotel de Nova York.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

já deveria saber que isso iria acontecer.

"Eu deveria saber que dessa vez não seria diferente.
Eu não te quero triste
Prefiro te ver feliz ao lado dela do que te ver triste sozinho
Se eu não posso suprir sua felicidade
Eu acho melhor deixá-lo ir.
Meu quase amor você pode parti, sem mim.
Meu quase amor você está me fazendo sofrer, sem saber.
Mas eu já deveria saber que isso iria acontecer.
Porque amores assim sempre nos fazem sofrer.
Agora você pode ir.
Agora vou tentar te esquecer.
Então seria melhor para nós dois que você fosse embora.
E não liga-se para mim.
Seria bem melhor se você sumiu-se."

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

(...)




Intimidade é uma palavra de cinco sílabas para: 'aqui – está – o – meu – coração – por – favor – esmague-o – coma-o -como – carne – moída – e – se – delicie' . É uma coisa ao mesmo tempo desejada e temida. Difícil de conviver com e impossível de se viver sem.
(/Grey's Anatomy

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Ele não está tão afim de você - 2ª Parte.


- Boa noite.- Alex
- Esqueceu algo? - Gigi
- Esqueci…
- Sério? O quê? - Gigi
- Isso.
- Então veio até aqui às 23h para me entregar uma caneta? -Gigi
- Sim, achei que deveria ter uma boa desculpa para vir. É assim que se faz, não é?
- Às vezes.
- Gigi - Não consigo parar de pensar em você. Vim até sua casa. Liguei várias vezes, estou me tornando… - Alex
- Eu.
- Isso. -Alex
- Uma pessoa sábia, uma vez, me disse, que se um cara quer ficar com uma garota, fará acontecer.- Gigi
- Verdade.- Alex
- Mas, quando estava me jogando em você, parecia que você não me queria. -Gigi
- Está bem, você está certa. Esta é a verdade, você está certa. Sempre me acostumei a ficar distante das mulheres. Com o poder que eu não conhecia, antes de sentir por você. Eu não sabia. -Alex
- Olha, saí com seu amigo Bill. E ele deve ser o que eu preciso, sem dramas, ele liga, faz o que diz. -Gigi
- Posso fazer isso. -Alex
- Mas não fez. E o sábio disse que eu sou a regra. E tenho que parar de pensar que todo cara mudará. Parar de pensar que… - Ele a beija - Sou a exceção.
- Você é minha exceção. - Alex


domingo, 6 de setembro de 2009

Por que nós mulheres somos tão complicadas?



Se desejarmos que aquele cara, seja o nosso cara, então porque não vamos lá e dizemos sem pensar na resposta?

Sabe o risco que você corre dele dizer um não, você também corre dele dizer um sim.

Somos tão boas em inventar amores na nossa cabeça, mas sempre tão difíceis para colocá-los em prática. Quando gostamos não importa o que ele diz, mas sim a maneira como pronunciou cada palavra. Um simples valeu, vira um apaixonado ‘não-posso-viver-sem-você’.

Você tem que parar de procurar sinais onde não há nada.

Tem que parar de pensar que só porque ele disse ‘oi’ o significa que ele quer muito falar contigo.

Tem que parar de pensar que só porque ele retribuiu o seu sorriso não quer dizer que ele goste de você.

Droga! Você tem que parar de pensar que ele te ama, por mais difícil que seja para você, se ele não te chamou para sair, se ele não lhe disse que gosta de você, é porque definitivamente ele não está afim de você.

É incrível como as mulheres demoram a perceber que o obvio é a verdade, e que nem tudo está submetido em gestos e frases.


No Ipod: A Fine Frenzy -Almost Lover.